É filho de NÀNÁ YBAIN e ÒÒSÀÀLÀ.
Irmão adotivo de ÒGÚN e ÈSÙ e
irmão carnal de ÌRÓKÓ e OSÙMÀRÈ.
A varíola é a punição que êle aplica
aos maus feitores. Quando morre uma pessoa, OMOLÚ
senta-se em cima do corpo , reivindicando seus direitos. Está
relacionado a terra, os troncos das árvores e os ramos. Transporta
o ÀSE preto, vermelho e branco, seu maior segredo é
com os espíritos contidos na terra, que são seus irmãos
e de quem êle é o maior símbolo. Assim como NÀNÁ,
êle é o patrono dos KAURIS. Êle usa em suas vestimentas
um capuz de palha da costa, chamado AXÓ YIKÓ, que lhe foi
dado por seu irmão ÒSÓÒSÌ ,
para lhe cobrir as chagas e, principalmente, seus olhos, pois contêm
todo o brilho do sol e quem olhasse perderia a visão. O AXÓ
YIKÓ é um material de grande significado, pois participa de
todos os rituais ligados a morte. A presença de YIKÓ é
indispensável, em todas as situações que se maneja
com o sobre natural. O YIKÓ é a fibra da ráfia,
obtida de palmas novas de YIGYOGÓRO, árvore sagrada, que
produz a palha obtida dos talos do olho da palmeira, quando nova, antes
delas abrirem-se e curvarem-se.O fato de cobrir-se com YIKÓ e ornar-se com búzios e cabaças, mostra que estamos na presença de um Òrìsá ligado, diretamente, com a morte, cujas faculdades destruidoras são de difícil contrôle.
Segundo as lendas, êle é irmão mais velho de SÀNGÓ AJAKÁ. SÀNGÓ destronou um OMOLU velho e assumiu seu lugar, por esta razão existe a guerra entre os dois Òrìsás. Pessoas de OMOLÚ não pegam no SÈRE nem participam da roda de SÀNGÓ. No OLUBAJÉ não entra AMALÁ e na comida de SÀNGÓ não entra DEBURUS.
OMOLÚ usa missangas pretas e brancas
e OBALUWÀÍYÉ pretas, vermelhas e brancas, dependendo
da qualidade, amarelo, preto e marrom.
Sendo OMOLÚ o dono da terra, é êle
quem nos dá todo o tipo de alimentos, inclusive, a êle
pertence todos os grãos.Os OGANS tem que ter respeito pelos atabaques, pois OMOLÚ é o dono dos couros. Este Òrìsá é o padrinho de todos os OGANS. Quando vamos dar comida aos atabaques, damos comida a OMOLÚ.
A OMOLÚ pertence o porco, cabrito, frangos, galos carijós, frangos rajados, d'angola, tatu e cágado. Carneiro é sua grande ÈÈWÒ( KIZILA ). Pega, também, patos pretos e brancos. Depois do ritual de rolar os bichos, tira-se a língua da d'angola, do pato e do porco. O cágado é colocado de barriga para cima, para SÀNGÓ não chegar. As línguas não vão ao fogo.
Sua saudação: ATÓTÓ, quer dizer: Silêncio!
QUALIDADES
- SAPONANÉ o mais antigo. É proibido falar seu nome. Na África quando se fala seu nome, coloca-se mel na boca. Come com ÈSÙ e tem fundamento nas encruzilhadas. Tem caminhos com ÒSÓÒSÌ e é o deus da varíola e das doenças de pele. Era êle quem dizimava nas aldeias. Suas contas são brancas e pretas.
No dia de sua feitura tem que ser feito sete qualidades de comidas, pôr na folha de mamona e levar com uma vela para o campo. Êle leva dois ÌLÈKÈ ( quelê ) : um no pescoço e um na perna esquerda ( duas argolas de aço ) . No dia do recolhimento, leva-se o ÌYÀWÓ na porta do cemitério e da-se um sacudimento. Este santo é preparado no barro vermelho. Quando se dá comida a êle, da-se na encruzilhada, pois êle tem caminhos com ÈSÙ CAVEIRA e MULAMBO.
- AZANSSUN
É ligado ao tempo, as estações do ano e ao culto da terra. É o verdadeiro dono do ciscuzeiro. Seu assentamento é feito no barro vermelho; leva 9 olhos de boi, duas moletas pequenas de cedro, suas lanças são diferentes das dos outros, são sete mas uma é maior, no meio leva uma bandeira de aço e na outra um tridente. Veste vermelho, preto e branco, na perna esquerda leva uma pulseira de aço.
- POSSUN
É o mesmo AZANSSUN do GEGE, "louvado " como POSSUM , no KÉTU e na ANGOLA, como TEMPO. Come diretamente na terra.
Sua dança mostra claramente a sua ligação com ÈSÙ e com a terra, dança com garras nas mãos, como se estivesse cavando a terra ou retalhando alguma coisa.
Em seu assentamento leva uma mão de ferro com uma bola de tabatinga, que representa o mundo, e pôe-se as garras. Come cágado e tatu. Tem caminhos com INTOTO, ÌRÓKÒ e OYA.
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