OSÓSSI (O sr. da caça e das florestas)
Osóssi
Origem e História
Oxóssi (Osoosi) deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e da riqueza. Atualmente, o culto a Oxossi está praticamente esquecido na África, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura ioruba prevaleceu. Isso se deve ao fato de a cidade de Ketu, da qual era rei, ter sido destruída quase por completo em meados do século XVIII, e seus habitantes, muitos consagrados a Oxossi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e nas Antilhas. Esse fato possibilitou o renascimento de Ketu, não como estado, mas como importante nação religiosa do Candomblé brasileiro.
Oxóssi é o rei de Ketu, segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxóssi são conferidos os títulos de Alakétu, Rei, Senhor de Ketu, e Onilé, o dono da Terra, pois na África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes. É chamado de Olúaiyé ou Oni Aráaiyé, senhor da humanidade, que garante a fartura para seus descendentes.
Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor sua marca no mundo desconhecido.
A coleta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai a busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza.
Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição.
Na África, os caçadores que geralmente são os únicos na aldeia que possuem as armas, têm a função de salvar a tribo, são chamados de Oxô, que significa guardião. Oxóssi também foi um Òsó, mas foi um guardião especial, pois salvou seu povo do terrível pássaro das Iyami.
Os Oge (chifres de touro) fazem a comunicação entre o Aiyé e Orún, chamados de: Olugboohun - o senhor escuta a minha voz.
Ìrùkèrè (Èrùkèrè) - espécie de cetro feitos com pelos do rabo de touro, presos em um couro duro, constituindo um cabo, e revestido com um couro fino, ornado com contas e cauris (búzios). É um dos principais instrumentos dos caçadores e detém poderes sobrenaturais. Na África nem um caçador, se aventuraria, a ir à floresta sem seu ìrùkèrè. É preparado com pós e remédios de diversos tipos, assim como folhas e fragmentos triturados dos animais sacrificados. Antes de serem presas, as raízes dos pelos devem durante algum tempo, ficar imerso num pote com uma combinação de elementos que constituem um axé especial, que lhe conferirá suas atribuições necessárias.
Não é apenas mais um emblema, tem o poder de manejar e controlar todo tipo de espíritos da floresta.
Os pelos do rabo - parte posterior (poente) - representam os ancestrais, espíritos de animais e de todo tipo de espírito da floresta.
Outras histórias relacionadas a Oxossi o apontam como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Ogum ensinou Oxossi a arte da caça ea sobrevivência nas matas, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, suas forças se completam e, unidas, são ainda mais imbatíveis.
Oxóssi mantém estreita ligação com Ossain (Osonyin), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossain.
A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyámi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore.
A rebeldia de Oxóssi é algo latente em sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi tornou-se orixá.
A exemplo de Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.
Odé não chega perto da morte
Ele se assenta em terras estranhas
Odé me olha e me dá medo.
Erinlé / Ibualama /Otim
O culto de Erínlè nasce no Odu de Òkànràn Ogbè. Seu culto está centrado ao redor do rio Erínlè, um rio tributário do rio Òsun, que atravessa a cidade de Ìlobùú (Ilú Òbú ou cidade de Òbú), localizada ao sul da Nigéria Ocidental, na estrada de Ogbomoso para Osogbo (está situada aproximadamente dez milhas a oeste de Osogbo). Ele é a divindade patrona de Ìlobùú. Ìlobùú é um centro de comércio para o inhame, milho, mandioca, óleo de dendê, abóbora, feijão, quiabo e está em uma área de savana habitada principalmente pelos Yoruba. Òbú é um tipo de giz nativo (efun) e é comestível.
É usado para temperar comida e era um dos temperos principais, muito antes do sal, da mesma forma que o aró-àbàje (uma tintura azul comestível) é usado para temperar comidas como o ekuru aró.
Tido como filho de Ainá, Erínlè é considerado por muitos como filho mítico de Yemoja e de Olokun. É um Òrìsà caçador, pescador e um médico, por conta do seu grande conhecimento da floresta e da flora. Este Òrìsà, enquanto médico dominou, antes que Osányìn, o poder da botânica. Não é incomum para os sacerdotes de Erínlè carregarem um cajado (òsù) semelhante ao que carregam os sacerdotes de Osányìn e de Ifá devido a importância deles como curandeiros medicinais.
Sabe-se que ele conhece o poder curativo do Eja aro. Essa medicina nasce em Òkànràn Òfún. O peixe seco (eja aro) é conhecido em Nupeland e isso é revelado pelo caminho de Òkànrànsodè descrito abaixo e na conexão entre Erínlè e o exilado rei da Nupeland.
Há muitas variações no nome pelo qual Erínlè é conhecido. Assim, ele é comumente conhecido como Erínlè dentro de Egbado, Erínlè em Ìlobùú, Enlè em Okuku. Em Cuba e Trinidad ele é conhecido como Inlè ou Erínlè "Ajaja". Ajaja é um título honorífico que significa "Ele que come cachorro", "o que é feroz". No Brasil, no Candomblé Ketu, ele é conhecido como Inlè e Òsóòsì Ibualama. Erínlè quer dizer elefante (Erin) em-o-terra (ilè) ou terra-elefante.
Erínlè é considerado por alguns como uma divindade hermafrodita, mas ele é adorado principalmente como uma divindade masculina em Yorùbáland. Ele é pensado por alguns estudiosos como sendo o aspecto masculino de Yemoja Mojelewu. O que parece consenso é que Erínlè mora na floresta com os irmãos Osányìn, Ògún e Òsóòsì, no cultivo com Òrìsà Oko, nas águas com Yemoja, Otin e Òsun. A residência verdadeira dele seria o ponto onde o rio encontra o oceano, onde docemente se misturam as águas doce e salgada.
No Candomblé Ketu é considerado que Erínlè tem dois caminhos ou aspectos. Um aspecto é considerado um velho caçador, Òsóòsì Ibualama. O outro caminho é mais jovem e mais delicado e bonito, normalmente chamado Inlè.
Na tradição Lukumi, Erínlè é acompanhado por Ibojuto e Abátàn. Abátàn (ou Abàtà = pântano) é a divindade da baixada. Abátàn normalmente é considerado como a companheira feminina de Erínlè mas alguns reconhecem Abátàn como masculino. Quando Erínlè é assentado dentro da cerimônia de iniciação, Abátàn também é assentada. Ela tem canções e oríkì separados. Abátàn come com Erínlè e participa de todas as suas oferendas e sacrifícios.
Erínlè seria acompanhado por Abátàn, sua contraparte feminina. Duas divindades que se unem como um, embora distintos, eles funcionam juntos, como uma unidade. Há um equilíbrio, dando uma visão instantânea do caráter de Erínlè, uma mistura perfeita de energias masculina e feminina.
Além disso, na tradição Lukumi, considera-se que a familia de Erínlè se compõe de: Abátàn - sua esposa, Boyuto - guardião de Erínlè e Abátàn, Otin - filha de Erínlè e Abátàn, Jobia - filho de Asipelu, ajudante de Erínlè, Olóògùn Èdè (Lògùn Èdè), o "senhor" (dono) do medicamento (medicina) de Èdè - filho de Erínlè com Osun, e, por último, Asao - duplo de Erínlè. Na Nigéria, Erínlè tem muitas manifestações ou caminhos, conhecidos como ibú: Ojútù, Álamo, Owáálá, Abátàn, Ìyámòkín, Àánú. É o oríkì de cada ibú que distingue entre os caminhos diferentes ou manifestações de Erínlè, como um se apresentando na sua coragem, outro como um caçador, outro ainda no poder presente na profundidade do rio. São cantados oríkì individuais a Erínlè no seu festival anual da mesma forma como também são invocados coletivamente.
O awo - ota - Erínlè ou otun Erínlè, é o nome dos recipientes usados dentro do culto de Erínlè (em Okeho é adicionalmente conhecido como aawe - Erínlè, onde tem uma forma totalmente diferente das encontradas em Ìlobùú e na maior parte da Yorùbáland). Potes fechados que guardam pedras e água são predominantemente associadas com divindades fluviais femininas, como aqueles encontrados nos cultos de Yemoja e Òsun. O awo - ota - Erínlè é o recipiente tradicional para guardar os ota de Erínlè. Sacerdotes de Erínlè dançam em procissão como parte do festival anual de Erínlè em muitas partes de Nigéria. Para o festival, sacerdotes trazem com eles o próprio awo - ota - Erínlè para o festival no rio de Ìlobùú. Quando a possessão acontece, Erínlè dança com o awo - ota - Erínlè colocado no alto da cabeça.
O òpá òrèrè (osu/cajado com o pássaro de ferro) de Erínlè é a representação para os seus seguidores da importância de Erínlè como curandeiro. A divindade mais amplamente conhecida com o mesmo símbolo é Osányìn. O cajado é feito de ferro. Sempre é mantido em pé. Pássaros de ferro empoleiram-se no topo. A maioria dos exemplos mostra um grande pássaro central cercado por pássaros menores. Não há diferenças significativas entre os cajados de Erínlè e de Osányìn encontrados na Nigéria, cada cajado é uma peça autorizada e única e assim os estilos variam imensamente. Porém há dois desenhos comuns do cajado de Osányìn feitos dentro da perspectiva dos awo em Yorùbáland. É comum se ver um cajado relativamente curto com um grande pássaro em seu topo e com 16 pássaros menores, em um arranjo circular, que olham para o pássaro mais alto, central. Lá também pode ser encontrado um òpá/osu Osányìn alto, com um só e único pássaro e quatro cones de metal invertidos, as aberturas deles coberta por disco de metal para guardar medicamentos; seguro levemente na parte mais baixa do cajado (este cajado também é encontrado na tradição Lukumi, sua especificação é considerada um requisito de Odù).
Deve ser acentuado que os cajados de Erínlè e Osányìn nas terras Yorùbá são encontrados em muitas variações no número de pássaros, formas e estilos. Foi sugerido que os 16 pássaros menores representam a divindade Odù e os Olódù de adivinhação. As curvas graciosas destes pássaros estáticos também podem ser confundidas com um agrupamento permanente de folhas de metal. Tais folhas, que não morrem, são uma lembrança visual forte para Osányìn e os medicamentos de Erínlè!
O pássaro de coroamento é, segundo muitos, um símbolo do poder sobre/pacto de Osányìn e Erínlè com as Ìyáàmi. São os medicamentos herbários de Erínlè e Osányìn que podem neutralizar ou contrapor-se aos ataques pelos aspectos negativos de Ìyáàmi. Eleye significa "mulheres que possuem e são pássaros", sendo os pássaros os mensageiros de Àjé/Ìyáàmi. Estes mensageiros também podem ser vistos em muito da estatuária religiosa e do simbolismo real, como por exemplo, no alto da coroa dos Oba. Ìyáàmi é em essência o àse/awo feminino primordial, que pode ser potencialmente benéfico ou maléfico (em condições judiciosas). Os símbolos de pássaro lembram aos líderes e congregações que ninguém está acima das forças invisíveis que precisam ser apaziguadas. As Ìyáàmi representam a gênese, as guardiãs e as doadoras do àse na terra.
Boyuto ou Ibojuto é encontrado em todos os santuários Lukumi para Erínlè. É descendente do òpá Erínlè encontrado entre os Yorùbá. Boyuto leva seu nome de uma das qualidades ou caminhos de Erínlè. Esta qualidade de Erínlè está ligada a profundidade impressiva do rio Erínlè. É dito que nesta profundidade é encontrado o reino mítico de Erínlè, chamado Ode Kobaye. "Esta profundidade escura do redemoinho é chamado Ojuto. Acredita-se assim, profundamente, que as duas casas históricas (ilé pètésì) teriam sido tragadas para cima (emergido) dentro das correntes coloridas de índigo. Do fundo do ibu Ojuto, assim é acreditado, bandos (escoltas) de pombos voam para acima das águas e desaparecem no ar." (Baba Erinlè de Ílobúù falando com R. F. Thompson no local de rio Erínlè, em Ílodúù, 1994). Boyuto ou Ibojuto é também conhecido comumente com osu de Erínlè.
Òkànràn Ogbè - O nascimento do culto de Erínlè
Um
Itan do Odu Ònkànràn Ogbè conta a história de um homem Nùpe (Tápà) com o
nome de Àyònù que veio para a região de Ílobùú. Ele era o herdeiro da
coroa em sua terra natal porém devido a algumas manobras políticas o
título lhe foi usurpado e ele foi forçado a fugir da cidade - ele teria
sido morto para destruir a possibilidade de qualquer reivindicação
futura à coroa.
Àyònù veio para Ìlobùú para caçar e ajudar a um caçador nativo que tinha uma estranha aparência. O amigo percebeu que Àyònù, embora mostrando-se apto nas habilidades da caça e agudo em aprender todos os segredos possíveis, não vivia sua vida conforme um caçador. Àyònù contou sua história para o amigo caçador. O amigo era Erínlè mas ele não o conhecia pelo nome porque os caçadores não mencionam nomes no mato para não serem afetados por nenhum dos espíritos animais. Caçadores referem-se uns aos outros simplesmente como Àwé. Erínlè, por seu turno, contou para Àyònù sobre sua casa, um palácio que ele tinha embaixo da terra. Ele golpeou o chão com a palma de sua mão, a terra abriu-se e os dois desceram para o palácio subterrâneo.
Erínlè tinha estado caçando por um longo tempo e, assim, ele decidiu fazer um pacto com Àyònù. Erínlè prometeu para Àyònù um nova coroa para recompensá-lo pelo título que ele havia perdido em sua terra natal. Ele disse para Àyònù que, por tanto tempo quanto ele continuasse a lhe trazer comida de caça, ele o compensaria com um título novo. Erínlè também prometeu que a guerra nunca afetaria o reino dele. Erínlè e Àyònù consolidaram seu pacto e Erínlè retirou-se para seu palácio na terra. Ele disse para Àyònù que se ele precisasse dele novamente deveria chamá-lo golpeando a terra com a palma da sua mão. Àyònù nunca mais viu seu amigo novamente.
Àyònù construiu sua casa lá e logo outros caçadores vieram viver com ele, seguidos por fazendeiros. Uma cidade tinha sido estabelecida e eles consultaram Ifá. Os adivinhos lançaram Òkànràn Ogbè e Òrúnmìlà disse: ire! Desde esta época a cidade de Ìlobùú nunca foi invadida ou afligida por guerra, mesmo durante o tumultuoso século dezenove, marcado por muitos anos de conflitos civis na Yorùbáland.
Àyònù veio para Ìlobùú para caçar e ajudar a um caçador nativo que tinha uma estranha aparência. O amigo percebeu que Àyònù, embora mostrando-se apto nas habilidades da caça e agudo em aprender todos os segredos possíveis, não vivia sua vida conforme um caçador. Àyònù contou sua história para o amigo caçador. O amigo era Erínlè mas ele não o conhecia pelo nome porque os caçadores não mencionam nomes no mato para não serem afetados por nenhum dos espíritos animais. Caçadores referem-se uns aos outros simplesmente como Àwé. Erínlè, por seu turno, contou para Àyònù sobre sua casa, um palácio que ele tinha embaixo da terra. Ele golpeou o chão com a palma de sua mão, a terra abriu-se e os dois desceram para o palácio subterrâneo.
Erínlè tinha estado caçando por um longo tempo e, assim, ele decidiu fazer um pacto com Àyònù. Erínlè prometeu para Àyònù um nova coroa para recompensá-lo pelo título que ele havia perdido em sua terra natal. Ele disse para Àyònù que, por tanto tempo quanto ele continuasse a lhe trazer comida de caça, ele o compensaria com um título novo. Erínlè também prometeu que a guerra nunca afetaria o reino dele. Erínlè e Àyònù consolidaram seu pacto e Erínlè retirou-se para seu palácio na terra. Ele disse para Àyònù que se ele precisasse dele novamente deveria chamá-lo golpeando a terra com a palma da sua mão. Àyònù nunca mais viu seu amigo novamente.
Àyònù construiu sua casa lá e logo outros caçadores vieram viver com ele, seguidos por fazendeiros. Uma cidade tinha sido estabelecida e eles consultaram Ifá. Os adivinhos lançaram Òkànràn Ogbè e Òrúnmìlà disse: ire! Desde esta época a cidade de Ìlobùú nunca foi invadida ou afligida por guerra, mesmo durante o tumultuoso século dezenove, marcado por muitos anos de conflitos civis na Yorùbáland.
Àwá ti Erínlè fi sodi o
Nós cultuamos Erínlè dentro de nossa fortaleza, o Àwá ti Erínlè fi sodi
o Ogun ò jà jà
Kógun ó jà¹loòbú
Àwá ti Erínlè fi sodi
Nós cultuamos Erínlè dentro de nossa fortaleza, o.
Porque a guerra e a escravização tiveram pouco efeito sobre o povo de Ìlobùú a fama de Erínlè espalhou-se através da Yorùbáland e o seu culto foi a partir daí estabelecido, expandindo-se além de sua região de origem.
IbualamaIbualama é um Orixá proveniente de Efan (Ijexá).
Numa guerra entre Efan e Ketu, Efan foi derrotada e Ibualama foi levado à Ketu passando a ser cultuado por seus moradores,ao lado de Oxossi .
Ibualama significa "água profunda".
Ele é o Pai de Logun-Odé cuja mãe é Oxum Aponda ,portanto toda a Família é oriunda de Efan.
Ibualama é um orixá da familia dos Odé e seu culto esta ligado a Obaluaiye e Oxalá. Segura na mão duas Ibilalá,e traz Ofá e Ogue pendurados como simbolos de caça. No Brasil seu culto acontece em Dezembro, e é separado do culto de Oxossi que é realizado no dia de Corpus Christi.
Usa muitos búzios e palha da costa em suas indumentárias. Seus animais sagrados incluem o porco e todos os animais ligados á caça e pesca. Prata é o seu metal preferido.
Otim
Porque a guerra e a escravização tiveram pouco efeito sobre o povo de Ìlobùú a fama de Erínlè espalhou-se através da Yorùbáland e o seu culto foi a partir daí estabelecido, expandindo-se além de sua região de origem.
IbualamaIbualama é um Orixá proveniente de Efan (Ijexá).
Numa guerra entre Efan e Ketu, Efan foi derrotada e Ibualama foi levado à Ketu passando a ser cultuado por seus moradores,ao lado de Oxossi .
Ibualama significa "água profunda".
Ele é o Pai de Logun-Odé cuja mãe é Oxum Aponda ,portanto toda a Família é oriunda de Efan.
Ibualama é um orixá da familia dos Odé e seu culto esta ligado a Obaluaiye e Oxalá. Segura na mão duas Ibilalá,e traz Ofá e Ogue pendurados como simbolos de caça. No Brasil seu culto acontece em Dezembro, e é separado do culto de Oxossi que é realizado no dia de Corpus Christi.
Usa muitos búzios e palha da costa em suas indumentárias. Seus animais sagrados incluem o porco e todos os animais ligados á caça e pesca. Prata é o seu metal preferido.
Otim
Embora
no Rio Grande do Sul se cultue Otim como feminina, ela participa em
conjunto em toda a obrigação de Odé. Seu dia da semana é segunda feira,
sua conta é 7 e sua cor é azulão, azul e branco. Sua saudação é: Okê -
okebamo - okebambo.
No Batuque, Otim é cultuado junto com Odé. São os protetores das matas e dos animais silvestres e selvagens. Os filhos de Otim são quase inexistentes, pois na Mitologia, Otim não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para Odé. Com o passar dos tempos já se nota a existência de filhos de Otim, caso raro e absurdo para muitos Pais-de-Santo.
No Batuque, Otim é cultuado junto com Odé. São os protetores das matas e dos animais silvestres e selvagens. Os filhos de Otim são quase inexistentes, pois na Mitologia, Otim não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para Odé. Com o passar dos tempos já se nota a existência de filhos de Otim, caso raro e absurdo para muitos Pais-de-Santo.
Aspectos Gerais
DIA: Quinta-feira
COR: Azul-Turquesa
COMIDAS: Frutas, ewa (feijão fradinho torrado), axoxó (milho cozido com coco)
SÍMBOLOS: Ofá (arco), damatá (flecha), erukeré
ELEMENTO: Terra(florestas e campos cultiváveis)
REGIÃO DA ÁFRICA: Kêtu
PEDRAS: Turquesa, água-marinha
FOLHAS: Aroeira,peregun (pau-d’água), erva pombinho
(quebra-pedra), pega-pinto, alecrim-do-campo, João borandi, São Gonçalinho, espinho cheiroso, alecrim do campo, maminha de vaca, abre caminho, alfavaca, saião, ingá, acácia jurema, alecrim caboclo, arruda miuda, bredo de Santo Antonio caiçara, erva curraleira, aperta ruão, groselha (folhas) , pitanga, rabo de tatu, patchulim ( folhas ) e língua de vaca.
ODU QUE REGE: Obará e Odi
DOMÍNIOS: Caça, agricultura, alimentação e fartura
SAUDAÇÃO: Òké Aro!!! Arolé!
Qualidades
É
o deus da caça e vive nas florestas, onde moram os espíritos dos
antepassados. Tem a virtude de dominar os espíritos da floresta.
Na
África era a principal divindade de ILOBU, onde era conhecido pelo nome
de YRINLÉ ou INLÉ, um valente caçador de elefantes. Conduziu seu povo
de ILOBU a guerra e os ensinou a arte de guerrear, permanecendo até hoje
nesta cidade.
Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés no Brasil, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.
Ocupa um lugar de destaque nos Candomblés no Brasil, isto porque é o patrono de todos os terreiros tradicionais.
ÒXÓÒSÌ
é o único Orixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns
pós-sagrados, avermelhados, chamados AROLÉ, que passou a ser um de seus
dotes. Este pó o torna imune à morte e aos EGUNS.
Sendo ele um rei, carrega o EYRUQUERE (espanta moscas) que só era usado pelos reis africanos, pendurado no saiote.
Come com ÈXÙ e mora do lado esquerdo, onde está situado toda a sua força.
YBUALAMOÉ velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que YBUALAMO é o verdadeiro pai de LOGUNEDE. Apaixonado por ÒXÚN e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.
YBUALAMOÉ velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que YBUALAMO é o verdadeiro pai de LOGUNEDE. Apaixonado por ÒXÚN e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas mais profundas em busca do seu amor.
INLE
É o filho querido de OXOGUIAN e YEMONJA. É tão amado que OXOGUIAN usa em suas contas um azul claro de seu filho. É outro òrìsà ode cujo culto original se perdeu no tempo e como no caso de alguns outros òrìsà, acabou “virando qualidade a mais, de Osoosi”.
ERINLEÉ também um outro òrìsà ode, que, a exemplo de Inlé, cujo culto também caiu no obscurantismo, acabando por tornar-se “qualidade de Osoosi”.
É o filho querido de OXOGUIAN e YEMONJA. É tão amado que OXOGUIAN usa em suas contas um azul claro de seu filho. É outro òrìsà ode cujo culto original se perdeu no tempo e como no caso de alguns outros òrìsà, acabou “virando qualidade a mais, de Osoosi”.
ERINLEÉ também um outro òrìsà ode, que, a exemplo de Inlé, cujo culto também caiu no obscurantismo, acabando por tornar-se “qualidade de Osoosi”.
DANADANA AKUERAN
AROLÉPropicia
a caça abundante. É invocado no PADE. É um dos mais belos tipos de
ÒXÓÒSÌ. Um verdadeiro rei de KÉTU. Jovem e romântico, gosta de namorar,
vive mirando-se nas águas, apreciando sua beleza. é ágil na arte de
caçar.
ODE KARE
É
ligado as águas e a ÒXÚN, porém os dois não se dão bem, pois, exercem
as mesmas forças e funções. Usa azul e um BANTÉ dourado. Gosta de
pentear-se, de perfume e de acarajé. Bom caçador mora sempre perto das
fontes.
ODÉ WAWA
Vem
da origem dos Orixás caçadores. Usa arco e flecha e os chifres do touro
selvagem. Dizem que ele fez sua morada debaixo da gameleira.
ODÉ WALÈÉ
velho, é considerado como rei na África, pois, seu culto é ligado,
diretamente, a pantera. É muito severo, austero, solteirão e não gosta
das mulheres, pois, as acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas.
ODÉ OSEEWE OU YGBOÉ o senhor da floresta, ligado as folhas e a ÒSÓNYÍN, com quem vive nas matas.
ODE OTOKAN SÓSÓ
ODÉ OSEEWE OU YGBOÉ o senhor da floresta, ligado as folhas e a ÒSÓNYÍN, com quem vive nas matas.
ODE OTOKAN SÓSÓ
Não
é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma flecha.
Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o alvo.
Título que Osoosi recebeu ao matar o pássaro de Iyami Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Osoosi era aquele que só tinha uma flecha.
Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Osoosi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Iyami, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.
Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Òsún, mas, também as Iyami Eléye.
Então, é èèwò (proibição) para Osoosi. Por essa razão também, é que se dá para Osoosi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse itan.
Inlè-Ibualama ou Erinlé - Em Ijesá, onde passa o rio Erinlé, há um deus da caça com o mesmo nome. Segundo Verger, seu templo principal é em Ilobu, onde dois cultos teriam se misturado: o culto do rio e o do caçador de elefantes, que por diversas ocasiões, viera ajudar os habitantes de Ilobu a combater seus adversários. O culto a Erinlé realiza-se às margens de diversos lugares profundos (Ibu) do rio.
Cada um desses lugares recebe um nome, mas é sempre Erinlé que é adorado sob todos esses nomes. Um desses lugares profundos de Erinlé é chamado de Ibùalamo (Ibualama) nome pelo qual também é cultuado na Bahia, que durante sua dança traz nas mãos o símbolo de Oxóssi, o arco e a flecha de ferro, e uma espécie de chicote (bilala), com o qual ele se fustiga a si mesmo.
Título que Osoosi recebeu ao matar o pássaro de Iyami Eléye. Não fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Osoosi era aquele que só tinha uma flecha.
Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas, Osoosi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de Iyami, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.
Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a Òsún, mas, também as Iyami Eléye.
Então, é èèwò (proibição) para Osoosi. Por essa razão também, é que se dá para Osoosi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse itan.
Inlè-Ibualama ou Erinlé - Em Ijesá, onde passa o rio Erinlé, há um deus da caça com o mesmo nome. Segundo Verger, seu templo principal é em Ilobu, onde dois cultos teriam se misturado: o culto do rio e o do caçador de elefantes, que por diversas ocasiões, viera ajudar os habitantes de Ilobu a combater seus adversários. O culto a Erinlé realiza-se às margens de diversos lugares profundos (Ibu) do rio.
Cada um desses lugares recebe um nome, mas é sempre Erinlé que é adorado sob todos esses nomes. Um desses lugares profundos de Erinlé é chamado de Ibùalamo (Ibualama) nome pelo qual também é cultuado na Bahia, que durante sua dança traz nas mãos o símbolo de Oxóssi, o arco e a flecha de ferro, e uma espécie de chicote (bilala), com o qual ele se fustiga a si mesmo.
Lendas
... ele não morreu
Diz uma das lendas que certo dia Osóssi chegou a sua aldeia, quase arriando pelo peso da capanga, das cabaças vazias e pelo cansaço de rastrear a caça rara. Osún, sua mulher e mãe de seu filho olhou para ele e pensou: ''só caçou desgraça". Pois a desgraça para Osóssi foi prevista por Ifá, que ele alertou Osún. Porém, quando ela contou a Osóssi sobre essa previsão, ele disse que a desgraça era a fome, a mulher sem leite e a criança sem carinho. E que desgraça maior era o medo do homem. Quando Osóssi se aproximou de Osún, ela notou que ele trazia algo na capanga, sentiu medo e alegria. Havia caça na capanga do marido e ela imaginou se seria um bicho de pelo ou de pena. Ansiosa, perguntou a ele, que respondeu: "Trago a carne que rasteja na terra e na água, na mata e no rio, o bicho que se enrosca em si mesmo''. Falando isto retirou da capanga os pedaços de uma grande Dan (cobra). O bicho revirava a cabeça e os olhos, agitava a língua partida e cantava triste: "Não sou bicho de pena para Osóssi matar". A grande Dan pertencia a Sàngó e Osóssi não poderia matá-la. Osún fugiu temendo a vingança de Sàngó, indo até Ifá que disse: "A justiça será feita, assim o corpo de Osóssi irá desaparecer, desaparecerá da memória de Osumaré e a quizila desaparecerá da vingança de Sàngó".
Fazia também parte da punição que ele saísse da memória do povo de Ketu. Assim, Osóssi ficou sete anos esquecido. No dia de Orunkó (o nome de santo de cada um), ao ser dado as diginas aos Orixás, o povo de Ketu começou a chorar por não se lembrar do nome de seu rei. Abaixaram os olhos e tentaram compreender por que nunca se lembravam dele. Então, Ifá ensinou-lhes um orô (reza que se faz para o sacrifício de animais):
Omo - Odé - Lailai
Omo - Odé - Kosajô
Abaderoco Koisô
Omo - Odé - Kosajô
Após o orô, o povo começou a se lembrar dele. Ifá disse que esse era o orô de Osóssi, o Orixá caçador, corajoso Rei de Ketu e rei da caça, que nada temia e preservava a vida de seus filhos e dos filhos dos filhos de seus filhos.
OSÓSSI não morreu, ele encantou-se para sempre, pois tem medo de frio, por isso não gosta de EKU, a morte.
... Caçador de uma flechada
A cada ano, apos a colheita, o rei de Ijexá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo a população inhame, milho e côco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas.
Furiosas com a desconsideração enviaram a festa um pássaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada.
O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro conhecido como òsótògún tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, e mandou-o embora.
Um segundo caçador conhecido como òsótogí se apresentou, este com quarenta flechas; o fato repetiu-se e o rei mandou prendê-lo. Osótododá, o caçador de 50 flechas, também não foi feliz.
Bem próximo dali vivia òsótokansósó, um jovem que costumava caçar a noite, antes do sol nascer. Ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mãe de òsótokansósó, temendo pela vida do filho, consultou um babalaô que aconselhou que se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, assim ele teria sucesso.
Omo - Odé - Kosajô
Abaderoco Koisô
Omo - Odé - Kosajô
Após o orô, o povo começou a se lembrar dele. Ifá disse que esse era o orô de Osóssi, o Orixá caçador, corajoso Rei de Ketu e rei da caça, que nada temia e preservava a vida de seus filhos e dos filhos dos filhos de seus filhos.
OSÓSSI não morreu, ele encantou-se para sempre, pois tem medo de frio, por isso não gosta de EKU, a morte.
... Caçador de uma flechada
A cada ano, apos a colheita, o rei de Ijexá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo a população inhame, milho e côco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas.
Furiosas com a desconsideração enviaram a festa um pássaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada.
O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro conhecido como òsótògún tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, e mandou-o embora.
Um segundo caçador conhecido como òsótogí se apresentou, este com quarenta flechas; o fato repetiu-se e o rei mandou prendê-lo. Osótododá, o caçador de 50 flechas, também não foi feliz.
Bem próximo dali vivia òsótokansósó, um jovem que costumava caçar a noite, antes do sol nascer. Ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mãe de òsótokansósó, temendo pela vida do filho, consultou um babalaô que aconselhou que se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, assim ele teria sucesso.
A
oferenda consistia em sacrificar uma galinha e na hora da entrega dizer
três vezes: que o peito do pássaro receba esta oferenda! Nesse exato
momento, òsótokansósó deveria atirar sua única flecha. E assim o fez,
acertando o pássaro bem no peito. O povo então gritava: oxó wussi, (oxó é
popular) passando a ser conhecido por oxóssi. O rei, agradecido pelo
feito, deu ao caçador metade de sua riqueza e a cidade de ketu, "terra
dos panos vermelhos", onde osóssi governou até sua morte, tornando-se
depois um Orixá.
... Yemonja desolada
Conta-se no Brasil que Osóssi era o irmão mais jovem de Ogun e Esú, todos três filhos de Yemonjá. Esú, por ser indisciplinado, foi por ela mandado embora. Ogun trabalhava no campo e Osóssi caçava nas florestas vizinhas. A casa encontrava-se, assim, abastecida de produtos agrícolas e caça.
No entanto, um Babalaô alertou Yemonjá para o risco de Ossanyin, aquele que possuía o conhecimento das virtudes das plantas e vivia nas profundezas da floresta, enfeitiçar Osóssi e obrigá-lo a ficar em sua companhia. Yemonjá ordenou então ao filho que renunciasse às atividades de caçador.
Ele, porém, de personalidade independente, continuou suas incursões pela floresta. Tendo encontrado Ossanyin, que o convidou a beber uma poção de folhas maceradas, caiu em estado de amnésia. Ficou, pois, vivendo em companhia de
... Yemonja desolada
Conta-se no Brasil que Osóssi era o irmão mais jovem de Ogun e Esú, todos três filhos de Yemonjá. Esú, por ser indisciplinado, foi por ela mandado embora. Ogun trabalhava no campo e Osóssi caçava nas florestas vizinhas. A casa encontrava-se, assim, abastecida de produtos agrícolas e caça.
No entanto, um Babalaô alertou Yemonjá para o risco de Ossanyin, aquele que possuía o conhecimento das virtudes das plantas e vivia nas profundezas da floresta, enfeitiçar Osóssi e obrigá-lo a ficar em sua companhia. Yemonjá ordenou então ao filho que renunciasse às atividades de caçador.
Ele, porém, de personalidade independente, continuou suas incursões pela floresta. Tendo encontrado Ossanyin, que o convidou a beber uma poção de folhas maceradas, caiu em estado de amnésia. Ficou, pois, vivendo em companhia de
Ossanyin, como previra o Babalaô.
Ogun,
inquieto com a ausência do irmão, partiu à sua procura, encontrando-o
nas profundezas da floresta. Ele o trouxe de volta, mas Yemonjá
irritada, não quis receber o filho desobediente. Revoltado com a
intransigência materna, Ogun recusou-se a continuar em casa. Quanto a
Osóssi, este preferiu voltar para a floresta, para perto de Ossanyin.
Yemonjá desesperada por ter perdido os três filhos, transformou-se em um rio.
Oxóssi ganha de Orunmilá a cidade de ketu
Um certo dia, Orunmilá precisava de um pássaro raro para fazer um feitiço de Oxum. Ogum e Oxóssi saíram em busca da ave pela mata adentro, nada encontrando por dias seguidos.
Uma manhã, porém, restando-lhes apenas um dia para o feitiço, Oxóssi deparou com a ave e percebeu que só lhe restava uma única flecha. Mirou com precisão e a atingiu.
Quando voltou para a aldeia, Orunmilá estava encantado e agradecido com o feito do filho, sua determinação e coragem. Ofereceu-lhe a cidade de Ketu para governar até sua morte, fazendo dele o orixá da caça e das flechas.
Odé desrespeita proibição ritual e morre
Naquele dia a caça era proibida, ninguém podia trabalhar, era dia de ir à casa de Ifá levar as oferendas, mas Odé queria caçar, como fazia todo dia.
Odé não se importou com o interdito, Odé não foi consultar o adivinho, Odé tranqüilamente foi caçar, seguiu o caminho da floresta.
Oxum, sua esposa, cansada de ver o marido quebrar os sagrados tabus, abandonou a casa e o esposo. Caminhando pela mata, Odé escutou um canto que dizia: "Eu não sou passarinho para ser morta por ti..." Era o canto de uma serpente, era Oxumare.
Odé não se importou com o canto e atravessou a cobra com a lança, partindo-a em vários pedaços, tomou o caminho de sua casa e, no percurso, continuou escutando o mesmo canto: "Eu não sou passarinho para ser morta por ti...”.
Ao chegar em casa, Odé foi para a cozinha, preparou uma iguaria com o fruto de sua caça e comeu a saborosa comida imediatamente. Pela manhã Oxum retornou a casa para ver como estava o caçador, para seu espanto, encontrou morto o seu Odé.
Odé estava morto, o corpo caído no chão, ao lado de Odé, Oxum viu um rastro de serpente, desesperada, Oxum foi procurar Orunmilá, e ofereceu muitos sacrifícios.
Orunmilá ouviu o pleito da dolorosa Oxum, deixou Odé viver de novo, deu a Odé o cargo de protetor dos caçadores, e Odé foi transformado em orixá.
Erinlé é acusado de roubar cabras e ovelhas
Em Ijebu viveu um caçador chamado Erinlé, ele era generoso e imbatível na caça, por isso era admirado pela maioria da população, mas havia alguns moradores que invejavam Erinlé e que conspiravam para arruinar o caçador, famoso pela caça de elefantes e de outros animais.
Decidiram roubar cabras e ovelhas do rei e culpar Erinlé, o rei intimou quem soubesse algo sobre o roubo a dizê-lo, os conspiradores foram até o rei fazer a acusação, disseram que Erinlé roubava cabras e ovelhas, escondia as peles em casa e dizia que as carnes eram de animais selvagens.
O rei quis ouvir a defesa de Erinlé, houve testemunhos a favor dele, diante do impasse, o rei ponderou que Erinlé parecia ser de fato um grande caçador, mas teria que provar sua inocência. Erinlé disse: Minha caça falará por mim. Minha caça será minha testemunha".
Erinlé foi até sua casa e trouxe coisas para o rei, Erinlé trouxe as peles dos animais selvagens que havia caçado, presas de elefantes e de javalis, peles de gamos, veados e antílopes.
Então o rei reconheceu a inocência de Erinlé e ordenou que ninguém mais tocasse no assunto, Erinlé foi para casa, inocentado porém triste. Erinlé nunca se conformou com a acusação que sofrera, Erinlé pensava e não entendia a razão de tentarem desgraça-lo, n ão quis mais caçar nem comer com os seus.
Em momentos de desespero fustigava o próprio corpo com a sua chibata de cavaleiro, seu bilala. Imaginava que seria acusado novamente caso acontecesse outro roubo de animais.
Erinlé perdera completamente a vontade de caçar, então entrou na água de um rio próximo e partiu de Ijebu, onde nunca mais foi visto, E se tornou o orixá do rio.
Erinlé agora é o rio, o rio Erinlé é Erinlé, o orixá caçador que já não caça.
Yemonjá desesperada por ter perdido os três filhos, transformou-se em um rio.
Oxóssi ganha de Orunmilá a cidade de ketu
Um certo dia, Orunmilá precisava de um pássaro raro para fazer um feitiço de Oxum. Ogum e Oxóssi saíram em busca da ave pela mata adentro, nada encontrando por dias seguidos.
Uma manhã, porém, restando-lhes apenas um dia para o feitiço, Oxóssi deparou com a ave e percebeu que só lhe restava uma única flecha. Mirou com precisão e a atingiu.
Quando voltou para a aldeia, Orunmilá estava encantado e agradecido com o feito do filho, sua determinação e coragem. Ofereceu-lhe a cidade de Ketu para governar até sua morte, fazendo dele o orixá da caça e das flechas.
Odé desrespeita proibição ritual e morre
Naquele dia a caça era proibida, ninguém podia trabalhar, era dia de ir à casa de Ifá levar as oferendas, mas Odé queria caçar, como fazia todo dia.
Odé não se importou com o interdito, Odé não foi consultar o adivinho, Odé tranqüilamente foi caçar, seguiu o caminho da floresta.
Oxum, sua esposa, cansada de ver o marido quebrar os sagrados tabus, abandonou a casa e o esposo. Caminhando pela mata, Odé escutou um canto que dizia: "Eu não sou passarinho para ser morta por ti..." Era o canto de uma serpente, era Oxumare.
Odé não se importou com o canto e atravessou a cobra com a lança, partindo-a em vários pedaços, tomou o caminho de sua casa e, no percurso, continuou escutando o mesmo canto: "Eu não sou passarinho para ser morta por ti...”.
Ao chegar em casa, Odé foi para a cozinha, preparou uma iguaria com o fruto de sua caça e comeu a saborosa comida imediatamente. Pela manhã Oxum retornou a casa para ver como estava o caçador, para seu espanto, encontrou morto o seu Odé.
Odé estava morto, o corpo caído no chão, ao lado de Odé, Oxum viu um rastro de serpente, desesperada, Oxum foi procurar Orunmilá, e ofereceu muitos sacrifícios.
Orunmilá ouviu o pleito da dolorosa Oxum, deixou Odé viver de novo, deu a Odé o cargo de protetor dos caçadores, e Odé foi transformado em orixá.
Erinlé é acusado de roubar cabras e ovelhas
Em Ijebu viveu um caçador chamado Erinlé, ele era generoso e imbatível na caça, por isso era admirado pela maioria da população, mas havia alguns moradores que invejavam Erinlé e que conspiravam para arruinar o caçador, famoso pela caça de elefantes e de outros animais.
Decidiram roubar cabras e ovelhas do rei e culpar Erinlé, o rei intimou quem soubesse algo sobre o roubo a dizê-lo, os conspiradores foram até o rei fazer a acusação, disseram que Erinlé roubava cabras e ovelhas, escondia as peles em casa e dizia que as carnes eram de animais selvagens.
O rei quis ouvir a defesa de Erinlé, houve testemunhos a favor dele, diante do impasse, o rei ponderou que Erinlé parecia ser de fato um grande caçador, mas teria que provar sua inocência. Erinlé disse: Minha caça falará por mim. Minha caça será minha testemunha".
Erinlé foi até sua casa e trouxe coisas para o rei, Erinlé trouxe as peles dos animais selvagens que havia caçado, presas de elefantes e de javalis, peles de gamos, veados e antílopes.
Então o rei reconheceu a inocência de Erinlé e ordenou que ninguém mais tocasse no assunto, Erinlé foi para casa, inocentado porém triste. Erinlé nunca se conformou com a acusação que sofrera, Erinlé pensava e não entendia a razão de tentarem desgraça-lo, n ão quis mais caçar nem comer com os seus.
Em momentos de desespero fustigava o próprio corpo com a sua chibata de cavaleiro, seu bilala. Imaginava que seria acusado novamente caso acontecesse outro roubo de animais.
Erinlé perdera completamente a vontade de caçar, então entrou na água de um rio próximo e partiu de Ijebu, onde nunca mais foi visto, E se tornou o orixá do rio.
Erinlé agora é o rio, o rio Erinlé é Erinlé, o orixá caçador que já não caça.
Erinlé é chamado Ibualama
Havia um caçador chamado Erinlé, o grande caçador de elefantes. Um dia uma mulher passava perto de um rio e ali perto, junto ao bosque, avistou o caçador. Ele pediu a ela que lhe desse água para beber, a mulher entrou no rio até a altura dos joelhos e, quando se inclinou para apanhar água, ouviu de Erinlé a ordem de que entrasse mais fundo. Mais fundo no rio entrou a mulher, mas percebendo que o rio ia afogá-la, saiu imediatamente da água, com medo de ser morta.
Ela ouviu então a voz do caçador, que era o próprio rio, reclamando que ela não trazia oferenda alguma, ela queria recolher sua água, mas nada lhe dava em troca.
Ninguém pode entrar no rio profundo sem trazer presentes, tempos depois, quando Erinlé foi cultuado como orixá, seus seguidores o chamaram de Ibualama, que quer dizer "Água Profunda".
Oxóssi aprende com Ogun a arte da caça.
Havia um caçador chamado Erinlé, o grande caçador de elefantes. Um dia uma mulher passava perto de um rio e ali perto, junto ao bosque, avistou o caçador. Ele pediu a ela que lhe desse água para beber, a mulher entrou no rio até a altura dos joelhos e, quando se inclinou para apanhar água, ouviu de Erinlé a ordem de que entrasse mais fundo. Mais fundo no rio entrou a mulher, mas percebendo que o rio ia afogá-la, saiu imediatamente da água, com medo de ser morta.
Ela ouviu então a voz do caçador, que era o próprio rio, reclamando que ela não trazia oferenda alguma, ela queria recolher sua água, mas nada lhe dava em troca.
Ninguém pode entrar no rio profundo sem trazer presentes, tempos depois, quando Erinlé foi cultuado como orixá, seus seguidores o chamaram de Ibualama, que quer dizer "Água Profunda".
Oxóssi aprende com Ogun a arte da caça.
Oxóssi é irmão de Ogun. Ogun tem pelo irmão um afeto especial. Num dia em que voltava da batalha, Ogun encontrou o irmão temeroso e sem reação, cercado de inimigos que já tinham destruído quase toda a aldeia e que estavam prestes a atingir sua família e tomar suas terras. Ogun vinha cansado de outra guerra, mas ficou irado e sedento de vingança. Procurou dentro de si mais forças para continuar lutando e partiu na direção dos inimigos. Com sua espada de ferro pelejou até o amanhecer.
Quando por fim venceu os invasores, sentou-se com o irmão e o tranqüilizou com sua proteção. Sempre que houvesse necessidade ele iria até seu encontro para auxiliá-lo. Ogun então ensinou Oxóssi a caçar, a abrir caminhos pela floresta e matas cerradas. Oxóssi aprendeu com o irmão a nobre arte da caça, sem a qual a vida é muito mais difícil. Ogun ensinou Oxóssi a defender-se por si próprio e ensinou Oxóssi a cuidar da sua gente. Agora Ogun podia voltar tranqüilo para a guerra. Ogun fez de Oxóssi o provedor.
Oxóssi é o irmão de Ogun.
Ogun é o grande guerreiro.
Oxóssi é o grande caçador.
Oxóssi mata a mãe com uma flechada.
Olodumare chamou Orunmilá e o incumbiu de trazer-lhe uma codorna. Orunmilá explicou-lhe as dificuldades de se caçar codorna e rogou-lhe que lhe desse outra missão. Contrariado, Olodumare foi reticente na resposta e Orunmilá partiu mundo afora a fim de saciar a vontade do seu Senhor. Orunmilá embrenhou-se em todos os cantos da Terra. Passou por muitas dificuldades, andou por povos distantes. Muitas vezes foi motivo de deboche e negativas acerca do que pretendia conseguir. Já desistindo do intento e resignado a receber de Olodumare o castigo que por certo merecia, Orunmilá se pôs no caminho de volta. Estava ansado e decepcionado consigo mesmo.
Entrou por um atalho e ouviu o som de cânticos. A cada passo, Orunmilá sentia suas forças se renovando. Sentia que algo de novo ocorreria. Chegou a um povoado onde os tambores tocavam louvores a Xangô, Iemanjá, Oxum e Obatalá. No meio da roda, bailava uma linda rainha. Era Oxum, que acompanhava com sua dança toda aquela celebração. Bailando a seu lado estava um jovem corpulento e viril. Era Oxóssi, o grande caçador.
Orunmilá apresentou-se e disse da sua vontade de falar com aquele caçador. Todos se curvaram perante sua autoridade e trataram de trazer Oxóssi à sua presença. O velho adivinho dirigiu-se a Oxóssi e disse que Olodumare o havia encarregado de conseguir uma codorna. Seria esta, agora, a missão de Oxóssi. Oxóssi ficou lisonjeado com a honrosa tarefa e prometeu trazer a caça na manhã seguinte. Assim ficou combinado.
Na manhã seguinte, Orunmilá se dirigiu à casa de Oxóssi. Para sua surpresa, o caçador apareceu na porta irado e assustado, dizendo que lhe haviam roubado a caça. Oxóssi, desorientado, perguntou à sua mãe sobre a codorna, e ela respondeu com ares de desprezo, dizendo que não estava interessada naquilo. Orunmilá exigiu que Oxóssi lhe trouxesse outra codorna, senão não receberia o Axé de Olodumare. Oxóssi caçou outra codorna, guardando-a no embornal. Procurou Orunmilá e ambos dirigiram-se ao palácio de Olodumare no Orum. Entregaram a codorna ao Senhor do Mundo. De soslaio Olodumare olhou para Oxóssi e, estendendo seu braço direito, fez dele o rei dos caçadores. Agradecido a Olodumare a agarrado a seu arco, Oxóssi disparou uma flecha ao azar e disse que aquela deveria ser cravada no oração de quem havia roubado a primeira codorna. Oxóssi desceu à Terra. Ao chegar em casa encontrou a mãe morta com uma flecha cravada no peito. Desesperado, pôs-se a gritar e por um bom tempo ficou de joelhos inconformado com seu ato. Negou, dali em diante, o título que recebera de Olodumare.
Oxóssi desobedece a Obatalá e não consegue mais caçar.
Havia
uma grande fome e faltava comida na Terra. Então Obatalá enviou Oxóssi
para que ele aí caçasse e provesse o sustento de todos os que estavam
sem comida. Oxóssi caçou tanto, mas tanto, que ficou obsessivo: ele
queria matar e destruir tudo o que encontrasse. Obatalá pediu-lhe que
parasse de caçar, mas Oxóssi desobedeceu. Oxóssi continuou caçando. Um
dia encontrou uma ave branca, um pombo. Sem se importar que os animais
brancos são de Obatalá, Oxóssi matou o pombo. Obatalá voltou a pedir que
ele não caçasse mais, porém Oxóssi continuou caçando. Uma noite Oxóssi
encontrou um veado e atirou nele muitas flechas. Mas as flechas não lhe
causavam nenhum dano. Oxóssi aproximou-se mais e flechou a cabeça do
animal. Nesse momento, o veado se iluminou. Era Obatalá disfarçado, ali,
todo flechado por Oxóssi. Oxóssi não conseguiu caçar nunca mais.
Profundo foi seu desgosto.
Oxossi e Logunedé
Conta-se que um grande caçador entrou na mata com seu filho, LOGUNEDE, ensinando-lhe a arte de caçar e manejar o arco e a flecha, Após inúmeras caçadas, LOGUN sentou-se embaixo de uma árvore para descansar.
Nessa árvore pousou um pássaro e ÒXÓÒSÌ preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio pássaro e, também, uma colméia de abelhas. Elas foram cair justamente sobre a cabeça de LOGUNEDE, que sem ter como se defender foi picado. ÒXÓÒSÌ vendo o desespero do filho correu a acudi-lo, sendo mordidas várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer pôs-se a chorar.
Eis que o Orixá OMOLÚ vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de LOGUNEDE, pois, a criança estava morrendo. OMOLÚ tirou de sua capanga água de cana e gengibre, pilou e aplicou sobre os ferimentos, aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com ÒXÓÒSÌ, curando-o completamente.
ÒXÓÒSÌ então lhe disse: Senhor dos aflitos ponho o meu reino a seus pés e toda a minha caça que daqui por diante eu conseguir, comeremos juntos. OMOLÚ agradeceu e seguiu seu caminho. Então ÒXÓÒSÌ jurou que nunca mais comeria o mel, pois, o mel o faria lembrar todo o sofrimento seu e de seu filho. Por isso ÒXÓÒSÌ não leva mel e LOGUNEDE é lavado com açúcar mascavo e gengibre. Toda pessoa de LOGUN tem que assentar AZOANI. Tem que ter um pedaço de colméia para quando LOGUN chegar, depois se enrola num morim e joga-se no rio. Também é proibido aos filhos de LOGUN comerem palmito, fígado de boi e caças.
Características dos filhos de Oxóssi
Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não externa suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis só preferem guardar os sentimentos para si.
São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes o são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, selecionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.
São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acaba fazendo prevalecer a sua opinião e agradando a todos.
Altos e magros, os filho de Oxóssi possuem facilidade par se mover mesmo entre obstáculos. Seu andar possui leveza e elegância. Sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada par isso acontecer.
Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, sempre se isolam, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.
ÀDÚRÀ TI ODE
Pa kó tòrí san gbo dídé, (aja in pa igbó)
Fisga, mata e arrasta ferozmente sua presa, (o cão morto na floresta)
Ode aróle o
Ele é o caçador herdeiro
Aróle o oni sa gbo olówo
Hoje o herdeiro exibe sua riqueza
Ode aróle o nkú lode
Ele é o caçador herdeiro que tem o poder de atrair a caça para a morte.
Oríkì fún Òsòósì
Òsoosì.
Awo òde ìjà pìtìpà.
Omo ìyá ògún oníré.
Òsoosì gbà mí o.
Òrìsà a dínà má yà.Ode tí nje orí eran.
Eléwà òsòòsò.
Òrìsà tí ngbélé imò,
gbe ilé ewé.
A bi àwò lóló.
Òsoosì kì nwo igbó,
Kí igbo má mì tìtì.
Ofà ni mógàfí ìbon,
O ta ofà sí iná,
Iná kú pirá.
O tá ofà sí Oòrùn,
Oòrùn rè wèsè.
Ogbàgbà tí ngba omo rè.
Oní màríwò pákó.
Ode bàbá ò.
O dé ojú ogun,
O fi ofà kan soso pa igba ènìyàn.
O dé nú igbó,
O fi ofà kan soso pa igba eranko.
A wo eran pa sí ojúbo ògún lákayé,
Má wo mí pa o.
má sì fi ofà owo re dá mi lóró.
Odè ò, Odè ò, Odè ò,
Òsoosì ni nbá ode inú igbo jà,
Wípé kí ó de igbó re.
Òsoosì oloró tí nbá oba ségun,
O bá Ajé jà,
O ségun.
Òsoosì o !
Má bà mi jà o.
Ògún ni o bá mi se o.
Bí o bá nbò láti oko.
kí o ká ilá fún mi wá.
Kí o re ìréré ìdí rè.
Má gbàgbé mi o,
Ode ò, bàbá omo kí ngbàgbé omo.
Oríkì para Oxóssi
Òsóòsì !
Ó Òrìsà da luta,
irmão de Ògún Onírè.
Òsóòsì, me proteja !
Òrìsà que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede.
Caçador que come a cabeça dos animais.
Òrìsà que come ewa osooso.
Òrìsà que vive tanto em casa de barro
como em casa de folhas.
Que possui a pele fresca.
Òsóòsì não entra na mata
sem que ela se agite.
Ofà é a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda.
Ele atirou a sua flecha contra o fogo,
o fogo se apagou de imediato.
Atirou sua flecha contra o sol,
O sol se pôs.
Ó salvador, que salva seus filhos !
Ó senhor do màrìwó pákó !
Meu pai caçador
chegou na guerra,
matou duzentas pessoas com uma única flecha.
Chegou dentro da mata,
usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens.
Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de Ògún.
Não me arraste até a morte.
Não atire sofrimentos em minha vida, com seu Ofà.Ó Odè! Ó Odè! Ó Odè!
Dentro da mata, é Òsóòsì que luta ao lado do caçador
para que ele possa caçar direito.
Òsóòsì, o poderoso, que vence a guerra para o rei.
Lutou com a feiticeira
e venceu.
Ó Òsóòsì,
não brigue comigo.
Vence as guerras para mim
Quando voltar da mata,
Colhe quiabos para mim.
e, ao colhê-los, tire seus talos.
Não se esqueça de mim.
Ó Odè, um pai não se esquece do filho.
Oríkì fún Òsòósì
Ìba Òsòósì
Ìba Òsòósì
Ìba ologarare
Ìba onibebe
Ìba osolikere
Ode ata matase
Agbani nijo to buru
Oni Ode gan fidija
Mo jùbá
Àse
Oríkì fún Òsòósì
Elogio para o espírito do Caçador
Eu elogio ao espírito do Caçador
Eu elogio ao espírito do Caçador
Eu elogio o que tem domínio nele mesmo
Eu elogio o dono do banco do rio
Eu elogio o mágico da floresta
Caçador que nunca falhou
Espírito sábio que oferece muitas bênçãos
Dono do papagaio guia ele para conquistar ao medo
Eu o cumprimento
Àse
Tem fundamento com ÈXÙ, ÒSÓNYÍN. ÒXÙMÀRÈ e OYA. É ele o Orixá que entra na mata da morte e sai sem temer EGUN e a própria morte. Literalmente, o caçador acendeu o fogo; quando termina a sua caçada ele acende o fogo para cozinhá-la e preparar sua refeição.
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